Argentina - Nossa Senhora de Luján
Padroeira da Argentina – Possui a Basílica na cidade de Luján
Na Argentina a devoção mariana remonta aos seus colonizadores, no início do século XVI. Diz a tradição que nas guerras da independência os conquistadores e generais não saíam para as batalhas sem antes pedir com seus soldados a proteção da Virgem Maria.
No centro geográfico da Argentina, localiza-se a cidade de Luján, na qual há um templo dedicado à Virgem Maria, o "Santuário de Luján". Nesse belo santuário os argentinos veneram, há séculos, uma pequena imagem de Nossa Senhora. A imagem e o Santuário estão profundamente arraigados na história, na cultura e na própria identidade do povo argentino.
No ano de 1630, um português chamado Farias, proprietário de uma fazenda, estava muito empenhado em edificar uma capela em honra da Virgem Santíssima. Assim, pediu a um amigo do Brasil que lhe enviasse uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. Seu amigo enviou-lhe duas imagens: uma que representava a Imaculada Conceição, hoje venerada em Luján, e outra que a representava como Mãe de Deus.
Acondicionadas em duas caixas, as imagens foram colocadas em uma carreta e saíram de Buenos Aires em direção ao norte do país. Quando os tropeiros chegaram às margens do rio Luján resolveram passar a noite na estância de Rosendo.
Ao raiar do dia seguinte tentaram prosseguir a viagem, mas os animais não conseguiam mover a carreta. Peões e outros tropeiros vieram prestar ajuda, mas nada conseguia convencer os animais a marcharem. Depois de muita insistência, os tropeiros resolveram retirar a caixa que continha a imagem da Imaculada Conceição.
Desta forma a carreta se movimentou. Os tropeiros viram nisso um sinal de Deus que lhes parecia pedir para deixar ali aquela imagem para ser venerada naquele local. E assim foi feito. Quando o miraculoso acontecimento foi divulgado, os fiéis logo começaram a venerar a imagem. Milagres e prodígios tiveram início.
A imagem media 38 cm de altura e trazia as mãos juntas ao peito. Conduzida à casa de Rosendo, os proprietários erguem um pequeno oratório, deixando-lhe sob os cuidados de um escravo chamado Manuel.
Passam cinquenta anos e uma senhora chmada Ana de Matos compra a imagem e a leva para sua estância localizada na atual cidade de Luján, para construir-lhe uma capela digna. Em 1762, graças ao empenho de Juan de Lezica, levanta-se um templo maior, no qual a imagem recebe veneração por mais de um século.
No ano de 1874, em cumprimento a uma promessa feita à Virgem de Luján por ter sido salvo da morte, o Pe. Jorge Salvaire projetou e dirigiu a construção do magnífico templo atual, em estilo gótico, com duas torres de 106 m de altura. O templo foi declarado Santuário Nacional.
Em 1887, a imagem de Maria foi coroada solenemente com as bênçãos do papa Leão XIII e sua festa foi estabelecida para o dia 8 de maio. Atualmente, cerca de oito milhões de fiéis visitam o Santuário.
Peregrinos a pé, grupos folclóricos de gaúchos a cavalo, a peregrinação dos jovens que acontece em todo primeiro Domingo de outubro, e tantas outras manifestações populares de fé testemunham o imenso carinho que o nutre o povo argentino por sua excelsa patrona.
Fonte: http://www.religiaocatolica.com.br/conteudo/aparicoes/lujan.shtml.